terça-feira, 29 de novembro de 2011

EU SO TENHO VOCE!!!

UMA DAS MENSAGENS MAIS LINDAS E VERDADEIRAS QUE JÁ VI!
Meu amado dono, Minha vida deve durar entre 10 e 15 anos, já estou com alguns anos. Qualquer separação é muito dolorosa para nós. Não fique zangado por muito tempo e não me prenda em nenhum lugar como punição. Você tem seu trabalho, seus amigos e suas diversões. EU SÓ TENHO VOCÊ!
Fale comigo de vez em quando.Compreendo muito bem o seu tom de voz e sinto tudo o que você está dizendo. Ficará gravado em mim para sempre, jamais esquecerei. Antes de me bater por algum motivo, lembre-se que tenho dentes que poderiam feri-lo seriamente, mas que jamais vou usá-los em você.Jamais!
Antes de me censurar por estar preguiçoso ou teimoso, veja antes se há alguma coisa me incomodando. Talvez eu não esteja me alimentando bem. Posso estar resfriado ou, ainda, meu coração pode estar ficando mais fraco…
Cuide de mim quando eu ficar velho e cansado – Por favor NÃO ME ABANDONE!
Tudo é mais fácil para mim com você ao meu lado. Me ame, pois independente de qualquer razão, eu lhe amarei para sempre! 

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

UM CASAMENTO CENTRADO EM CRISTO E PARA TODA A VIDA

Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra.Pude ver sofrimento em seus olhos

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.      



Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente  perguntou em voz baixa: "Por quê?" 
Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim  a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela. 
Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possivel. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus examos no próximo mês e precisava de um ambiente propício para prepar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio" ,disse  Jane em tom de gozação. 

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".

Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia...Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar".

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi:  "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama - morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!

Se você não dividir isso com alguém, nada vai te acontecer.

Muitos fracassados na vida são pessoas que não perceberam que estavam tão perto do sucesso e preferiram desistir..

UM CASAMENTO CENTRADO EM CRISTO É UM CASAMENTO QUE DURA UMA VIDA TODA. 

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O DEUS DO IMPOSSIVEL

Um jovem que trabalhava no exército era humilhado por ser cristão. Um dia seu su...perior
querendo humilhá-lo na frente do pelotão chamou o soldado e disse:
Jovem aqui, pegue esta chave, vá até aquele Jipe e estacione ali na
frente. O jovem disse: Não sei dirigir. Então disse o superior, peça
ajuda a seu Deus. Mostre que Ele existe. O soldado pegou a chave e
começou a orar, depois ligou o veículo, manobrou e estacionou
perfeitamente. Ao sair do Jipe o soldado viu todos de joelhos, chorando e
dizendo: Nós queremos teu Deus.
O jovem soldado espantado, perguntou
o que estava acontecendo. O superior chorando abriu o capô do Jipe e
mostrou para o jovem que o carro estava sem motor.
O jovem então
disse: Estão vendo? Esse é o Deus que sirvo. O Deus do impossível. O
Deus que traz a existência aquilo que não existe!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

DEUS VAI AGIR

Palavra de Esperança: DEUS VAI AGIR

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Lamentações 5.1,19-22 -- DEUS VAI AGIR

Lamentações, o livro de tantas exclamações negativas, termina com interrogações positivas.
Por "interrogações positivas" refiro-me às perguntas anotadas pelo poeta no final desta oração, que é também o final do livro:
"Por que te esquecerias de nós para sempre?
Por que nos desampararias por tanto tempo?
Por que nos rejeitarias totalmente?
Por que te enfurecerias sobremaneira contra nós outros?"

Estas são perguntas retóricas de quem já sabe as respostas. O livro termina com a cidade cheia de esperança. Como experimentou Isaías: acabou, acabou o tempo do sofrimento; ele foi merecido, mas acabou (Isaías 40.1).
Quando ora, a cidade sabem quem é Deus: Aquele que reina eternamente, logo com poder para fazer hoje e amanhã o que for bom.
É por isto que pode orar assim: "lembra-te, Senhor, do que nos tem sucedido"; veja o nosso sofrimento.
O livro termina assim, com o poeta esperando Deus agir.
Ele já visto Deus em ação e, agora esperava, confiantemente, que ele voltasse a agir.

NAO CAIA NA REAL - PR LECIO DORNAS

Fugir, negar, ignorar ou desprezar a realidade não são formas inteligentes de interagir com ela. Mesmo contracenando o tempo todo com dissimuladores, falsários, alienados e lunáticos; precisamos tentar encarar a realidade com naturalidade, coragem, sabedoria e verdade.
O Cristianismo nos ajuda a entender que a realidade pode ser difícil, mas nunca será impossível; pode ser dura, mas nunca intransponível; ameaçadora, mas nunca invencível; estabelecida, jamais imutável.
Em outras palavras, a única forma de mudarmos a realidade ou contribuirmos para tal, é enxergá-la, lê-la corretamente, estudá-la e mensurar seus impactos. É fundamental compreendermos que uma nova realidade sempre nasce da que estava posta, é sempre uma ampliação ou revisão do paradigma vigente até então. Logo, é imprescindível que conheçamos e interajamos bem com a realidade, pois a nova será sempre uma releitura da antiga.
Paulo nos ajuda aqui: Muitas vezes ficamos aflitos, mas não somos derrotados. Algumas vezes ficamos em dúvida, mas nunca ficamos desesperados. Temos muitos inimigos, mas nunca nos falta um amigo. Às vezes somos gravemente feridos, mas não somos destruídos.” (2 Cor. 4.8,9 – NTLH).
Esta atitude nos ajudará a não nos desesperarmos ante a realidade; nos motivará, isto sim, a enfrentá-la com esperança. E quando a esperança invade a realidade, é o prenúncio de um novo tempo.

COMPETIR E GUERREAR

COMPETIR É GUERREAR
Ficamos horrorizados com a guerra, aquela estampada na capa dos jornais.
No entanto, queremos vencer a discussão com o nosso cônjuge (para que assim nós o submetamos), queremos ganhar o debate travado com os colegas (para que assim sejamos mais elogiados), queremos que os aplausos a nós dirigidos dure mais do que o outro maestro (para ficar evidente que somos melhores), queremos que o nosso livro venda mais do que os outros autores (porque escrevemos melhor), queremos que a nossa igreja esteja mais cheia do que as outras (de modo que possamos cantar que nela o poder de Deus é maior).
Eis o que queremos, mas não achamos que isto seja guerra.
Mas o que é guerra, senão a busca por mais espaço, tirado do outro, pela derrota do outro? Somos moldados pela ideologia da guerra, como se fosse o motor do crescimento pessoal.
Por isto, há pessoas que precisam inventar uma guerra, em que tudo é justificado (até matar) para continuar sobrevivendo. Por isto, há pessoas que inventam doenças para, lutando contra elas, continuar sobrevivendo.
E essas mesmas pessoas criticam a violência no mundo. Muitos pais ensinam aos seus filhos que primeiro devem bater, antes que batam neles. E esses mesmos pais reclamam da insegurança das ruas.
Gostamos tanto dos esportes, pela dimensão saudável da competição. E é porque pode ser o território da trapaça (é preciso vencer, a qualquer custo) ou da violência (é preciso vencer, preferentemente massacrando o adversário tornado inimigo) que o esporte tem regras. Nem sempre esportistas e torcedores não o entendem. Quantas vezes nos decepcionamos quando, terminada a partida de futebol, o atacante e o zagueiro se abracem. Eles entenderam o que é o jogo. Os que nos decepcionamos, não. Um jogo é o que é: um jogo, talvez uma simulação de uma guerra, mas não uma guerra; deve haver um vitorioso no jogo, mas não um derrotado.
Na vida profissional, se a competição for apenas um elemento do jogo, não de nossa personalidade, ela pode nos ajudar a compreender os nossos papéis. A competição na vida, emulando a do jogo, pode ser saudável. Por causa de nossa natureza, se não tiver regras, transforma-se em veia aberta para a violência.
Sucesso não é se realizar. Sucesso é derrotar aquele que se imagina inimigo. A sociedade nos obriga a participar da guerra. Os postulantes a um curso ou a um emprego precisam estudar o suficiente para derrotar os inimigos, mesmo que alguns tenham crescido com eles. Não importa: ali são inimigos a vencer.
Fico pensando que o temperamento dito explosivo de uma pessoa não advém da certeza que ela vai perder. Como vai perder, quem sabe terá alguma chance se bater primeiro. Nos termos da psicologia, "o agressivo se adianta a uma possível experiência de rejeição, tendo a certeza de que alguém fatalmente irá contrariar suas expectativas". 3 É por isto que os fracos são violentos, não importa a face que  tome: irar-se, esmurrar a mesa, bater a porta, elevar o tom da voz, argumentar perfidamente para ferir o antagonista em seu ponto vulnerável, 4 emburrar, debochar, ironizar, chutar, empurrar, esbofetear, gritar, atirar
A violência é intrínseca à condição humana, mas pode ser desarmada.
A violência também se aprende, mas a espiral pode ser desfeita. Aprendemos que os conflitos, próprios de nossas diferenças, não devem ser administrados. Eles devem ser eliminados -- apreendemos -- com a sujeição do outro. A paz também se aprende, por isto são felizes os que a promovem (Mateus 5.9).
Podemos resolver nossos conflitos sem agredir. Quando estamos mergulhados nele, nós os resolvemos quando entendemos que os dois lados precisam vencer.
Precisamos descobrir que somos interdependentes. Nós precisamos um do outro.
Os casais que continuam juntos são ou, infelizmente, aqueles em que um dos cônjuges se sujeitou (isto é: foi sujeitado) ou, felizmente, aqueles que descobriram a sujeição mútua (Efésios 5.21).
Somos chamados a viver em paz com todos, na medida do possível. Somos convidados a não reagir com violência. Conhecedor de nossa natureza, Deus nos diz: deixem a vingança comigo, porque eu não peso a mão como vocês quando estão cheios de ódio (Romanos 12.18-19).

MUITISSIMO INTERESSANTE VALE APENA LER

O PRAZER DE TER
É na ideologia do consumo (ou simplesmente: no consumo) que o peso da cultura se torna praticamente irresistível.
É no consumo que a comparação encontra terreno propício para dominar.
É no consumo que a competição desabrocha sem culpa.
Então, deixamos de ser cidadãos para nos tornarmos consumidores.
O consumo precisa de nós mas dá um jeito de convencer que precisamos dele. Suas profecias estão nos meios de comunicação e sabemos em geral que os anúncios são anúncios. Seus controles estão nos olhares do grupo de que fazemos parte; só lhe pertencemos, se consumimos o que ele consome.
O consumo não é o consumo, mas uma ideologia.
Consumir não é satisfazer uma necessidade. O consumo se satisfaz em si mesmo.
O consumo já é o ideal. O consumo se vende como um projeto de vida.
Ao nos seduzir, o consumo se torna parte do nosso estilo de vida.
O consumo se torna um padrão, como uma estrada a ser naturalmente percorrida.
É divertido consumir.
A ideologia do consumo pervade todos os desejos, todas as práticas e todas as instituições.
Precisamos comer; o consumo nos sugere o cardápio e o restaurante.
Precisamos dormir; o consumo nos estabelece o tipo e a marca do colchão.
Precisamos morar; o consumo nos conforma a arquitetura.
Precisamos nos vestir; o consumo nos dita o modelo e a marca.
Precisamos trabalhar; o consumo nos orienta qual a profissão.
Precisamos estudar; o consumo nos impõe o método e a escola. (Ou: nos impõe a escola, que nos impõe o método.)
Precisamos cultuar; o consumo nos informa o estilo de culto e a igreja.
Precisamos ler; o consumo nos apresenta o autor e a editora.
Precisamos nomear nossos filhos; o consumo nos oferece a restrita lista dos nomes bonitos.
Precisamos viajar: o consumo nos dá o roteiro.
Precisamos nos divertir; o consumo nos define o espetáculo.
Precisamos nos recolher, mas o consumo nos garante que ainda precisamos acelerar.
Podemos ir no nosso ritmo, mas o consumo fixa a velocidade, que tentamos seguir, mesmo que além do nosso fôlego. Como nos dizem que todos estão indo, como não iremos para lá também?
Já amealhamos o suficiente, mas o consumo nos amedronta dizendo que é pouco.
Dizemos que as pessoas são o que elas são, mas o consumo nos traz à realidade de que as pessoas são o que elas compram.
Diziam-nos que consumíamos para viver, mas agora nos dizem que vivemos para consumir.
Ouvimos Jesus dizer que não devemos andar ansiosos para fazer aquilo que precisamos fazer, mas o consumo retruca ("garanta já" o que você quer) e ficamos confusos.

Contrapontuemos.
Um mentor espiritual acolheu várias pessoas em voluntária busca de equilíbrio, num lugar elevado e insulado numa extasiante montanha verde.
Durante alguns dias, os reunidos oraram, cantaram, ouviram e, especialmente, foram orientados a ficar em silêncio por horas seguidas.
Aprenderam novas maneiras de pensar e amar.
Quando foi se aproximando a hora de descerem para o vale, alguns começaram a lamentar que, daqui a pouco, teriam que voltar ao mundo real.
O mentor os ouviu e proferiu seu último aforisma:
-- Não pensem que vocês voltarão para o mundo real. Na verdade, ao saírem daqui, vocês estarão deixando o mundo real. A vida vivida aqui, nestes dias, é que é a vida real. A vida lá embaixo, feita de comparações, competições e consumismos, é que é falsa.

Tem razão o mentor?
Vivemos vidas que não deveríamos viver. Estas não são vidas boas. Não deveriam as nossas vidas.
Consumir não pode ser nosso projeto de vida. Precisamos nos desintoxicar da dependência a estes padrões.
Vivamos na certeza que, "à luz das Escrituras, nossa vida é dom de Deus, tesouro incomparável a nós confiado, potencial que devemos cultivar e defender para que produza frutos. Deixar-nos aniquilar, esmagar as aspirações que Deus pôs em nosso coração, calar nossas convicções, renunciar a nossa personalidade, permitir que o outro decida quais são os nossos gostos e imponha sua vontade e seus conceitos significa enterrar nossos talentos como faz o servo da parábola (Mateus 25.14-30). É desobedecer a Deus por medo dos homens". 5
Para não desobedecer, precisamos vigiar. Só prestando muita atenção, preservaremos nossa vocação livre da poluição cultural de nossa sociedade e seguirmos Jesus de um modo que ele continue sendo Jesus e nós caminhemos na direção que ele quer, moldado pelas Escrituras e pela oração (conforme a sugestão de Peterson 6).
Somos chamados para esta jornada de santificação, em que nos enchemos menos das coisas e mais de Deus.

***
ACORDE
1. Faça um inventário pessoal, perguntando-se seriamente: "Para que eu vivo?". (AUTOCONHECIMENTO)
2. Confesse o seu pecado de ter ido na onda, negando-se a si mesmo, tornando ainda mais conspurcado o quadro original da imagem-semelhança de Deus. (CONFISSÃO)
3. Ore  especificamente, pedindo a Deus para não mais comparar e não mais se comparar. (ORAÇÃO)
4. Medite sobre o que se tornou a sua vida, reconhecendo como a competição e o consumo se tornaram destrutivamente seus padrões, com pouco ou nenhum espaço para o recolhimento, que "nos liberta de nossas reações naturais" e "nos leva a reconhecê-las e a experimentar constantemente, novas manifestações da graça de Deus". 7(REFLEXÃO)
5. Decida viver de modo livre das opiniões a seu respeito e dos estilos de vida dos outros, mesmo que lhes pareçam perfeitos. (DECISÃO)
6. Empenhe-se para vigiar sempre porque os demônios, quando voltam, retornam ainda mais fortes, como aprendemos com Jesus em Mateus 12.43-45. (ESFORÇO)

PARA LER
TOURNIER, Paul. Os fortes e os fracos. São Paulo: ABU, 1999.
YANCEY, Philipe. Rumores de outro mundo. São Paulo: Vida, 2005.